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Professor do IFNMG-Campus Teófilo Otoni realiza curso sobre Mapeamento Ambiental em Comunidade Quilombola

Publicado: Sexta, 17 de Fevereiro de 2017, 16h55 | Última atualização em Sexta, 17 de Fevereiro de 2017, 16h59
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O professor Lucas Ferrari, do IFNMG-Campus Teófilo Otoni, realizou um curso de extensão sobre “Mapeamento Ambiental Participativo”, na Comunidade Quilombola de Santa Cruz, em Ouro Verde de Minas, no Vale do Mucuri, Nordeste de Minas Gerais, a 60 km de Teófilo Otoni. O primeiro módulo do curso foi realizado nos dias 20 e 21 de agosto de 2016 e o segundo aconteceu no dia 12 de fevereiro de 2017, perfazendo uma carga horária total de 24 horas.

As atividades foram realizadas em quatro módulos e fazem parte da pesquisa de Doutorado do professor Lucas Ferrari, pelo Programa de Pós-Graduação em Solos e Nutrição de Plantas, da Universidade Federal de Viçosa, cujo objetivo principal é resgatar sistematizar o conhecimento local sobre solos e ambientes na comunidade em questão. Para tal, estão sendo usadas metodologias participativas, que possibilitam o protagonismo dos quilombolas na construção do conhecimento. Esse tipo de trabalho é importante pois valoriza o conhecimento não-acadêmico desenvolvido, acumulado, repassado e evoluído através das gerações por populações tradicionais, como indígenas, camponese, quilombolas, como no caso em questão, entre outras.

Contribuição científica

O conhecimento local de solos, ou o conhecimento etnopedológico, tem muito a contribuir para a comunidade científica, especialmente no mapeamento de solos a nível de comunidade, já que o mapeamento de solos convencional, baseado no conhecimento acadêmico, tem limitações de discernir classes de solo em grandes escalas, e se adaptar às peculiaridades locais. Comparar sistemas locais e acadêmicos de classificação de solos e ambientes é um grande desafio, tendo em vista que o conhecimento local, ao contrário do conhecimento acadêmico que é muito fragmentado, é holístico por natureza. Por exemplo, para os quilombolas de Santa Cruz, as classes de solo estão intimamente relacionadas ao uso e manejo do solo, pois afinal seu conhecimento etnopedológico é construído com base na aptidão agrícola das terras.

Foto 1 Pesquisa de solos

Ao mesmo tempo, o resgate do conhecimento etnopedológico é importante para a comunidade, que aprende a valorizar a própria cultura e, ainda mais com a participação dos(as) jovens nas atividades do curso, em interação com os(as) mais velhos(as) e mais experientes no trato diário com a terra, que aprendem um com o outro num processo de construção coletiva do conhecimento.

Além do professor Lucas, outros professores do IFNMG Campus Teófilo Otoni participaram da realização do curso de Mapeamento Ambiental Participativo, entre eles a professora Maíra Rezende e Ivan Almeida, além da professora Ana Carolina Carvalho, pedagoga, da Rede Doctum de Ensino. Os estudantes do IFNMG envolvidos foram Fabrícia, estagiária, Tiago e João Batista, do Módulo III do Curso Técnico em Meio Ambiente e Lucas Sampaio do Módulo I, também do Curso Técnico em Meio Ambiente do IFNMG Campus Teófilo Otoni.

Fonte: IFNMG-Campus Teófilo Otoni (Adaptado)

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