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Última atualização em Terça, 15 de Janeiro de 2013, 15h46

 

A área de abrangência do IFNMG é constituída de 173 municípios distribuídos em três mesorregiões (Norte e Noroeste de Minas e Jequitinhonha), ocupando uma área total de 209.262,579 km². A população total estimada é de 2.824.613 habitantes (dados do IBGE, 2011).

 

Essa área é caracterizada, em muitos momentos e de forma apressada e generalizada, como “bolsão de pobreza”, “região problema”, “vale da miséria”, “ferida de subdesenvolvimento”. Não se trata de ignorar os graves problemas que afligem grande parte da população regional, mas há que se reconhecer que a área de abrangência do IFNMG é heterogênea e que a maioria dessas definições não capta as diferenciações presentes no contexto em questão.

 

Apesar de se admitir que nenhum pequeno grupo de variáveis é capaz de capturar a complexa natureza do processo de desenvolvimento, as considerações que seguem trazem elementos mais consistentes, ao demonstrar os fatores de insustentabilidade e sustentabilidade dos territórios em análise.

 

Podem ser indicados, em todas as mesorregiões, os seguintes elementos de insustentabilidade socioeconômica: abrangem o semiárido mineiro, englobando sub-regiões heterogêneas que apresentam baixos indicadores de desenvolvimento sociais, os quais se refletem nas limitações do capital social regional; êxodo rural-urbano acentuado, através do qual as microrregiões baseadas em atividades econômicas tradicionais apresentam perda populacional para as outras mais dinâmicas; atividades de exploração do carvão, representando condições de produção e relações de trabalho precárias e informais; apresentam os piores indicadores de infraestrutura social, especialmente de saneamento básico, da região Sudeste do Brasil e carências crescentes na oferta de equipamentos e serviços de consumo coletivo (Cadernos do BDMG).

 

Como fatores de sustentabilidade presentes, podem ser destacados: as políticas públicas, notadamente as de saúde, educação e assistência social, que vêm produzindo melhorias nos indicadores de desenvolvimento social; os programas e projetos de desenvolvimento social, inclusive aqueles relativos aos assentamentos rurais presentes na região, que possibilitam a construção de relações sociais e econômicas e contribuem para revitalizar a agricultura familiar, além dos projetos baseados no desenvolvimento social-comunitário; o projeto Jaíba e os demais perímetros irrigados, os quais representam um volume considerável de inversão pública, ampliam as possibilidades de aumento de renda dos pequenos e médios produtores e dos agricultores familiares; a usina hidrelétrica de Irapé, que irá gerar 360 MW de energia com quantidade e qualidade para fomentar a economia regional.

 

Também se destacam como elementos de sustentabilidade produtivo-tecnológica e político-institucional e cultural: a forte concentração industrial nas microrregiões de Montes Claros, Pirapora e Chapada Gaúcha, destacando-se a presença de um setor industrial relativamente diversificado, com registro de unidades industriais de elevado perfil tecnológico, como no setor têxtil, e agricultura altamente tecnificada; a região do Peruaçu e o Pantanal de Pandeiros, na microrregião de Januária, apresentam grande potencial para o desenvolvimento regional baseado no turismo sustentável e o programa de revitalização do Rio São Francisco e de perenização dos seus rios tributários, por meio das microbarragens, apontam para novas possibilidades de utilização dos recursos do semiárido, inclusive em sub-regiões tradicionalmente impactadas pelas secas.

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