"Convivência; respeito: um conhecimento maior". Memórias do Campus Diamantina no II Festival Ecologia de Saberes do Paraúna
O Festival de Inverno de Diamantina, que conta com a parceria do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais -IFNMG, está a todo vapor! Nesse contexto, aproveitamos para lembrar que este não é o primeiro festival em que o IFNMG – Campus Diamantina marca presença como parceiro.
O Campus Diamantina apoiou o II FESTIVAL ECOLOGIA DE SABERES DO PARAÚNA, que aconteceu entre 30 de maio a 5 de junho de 2016 na comunidade do Capão, município Presidente Juscelino/MG.
O “Festival Ecologia de Saberes do Paraúna” contou com a realização da ONG caminhos da Serra e Fundação Palmares. O principal objetivo do Festival, que já conquistou a sua segunda edição, é contribuir para a preservação saberes/fazeres tradicionais dos povos que habitam a bacia do Rio Paraúna, promovendo o encontro e a formação de laços de identidade regional.
As professoras do curso técnico em Teatro Flor Murta e Mariana Emiliano, colaboraram com a oficina Iniciação Teatral. Na tarde do dia 31 de maio, crianças da comunidade puderam vivenciar com as professoras, de maneira lúdica, os processos de preparação corporal para a cena, jogos cênicos e ainda experimentar a realização coletiva e colaborativa de pequenas cenas baseadas no texto “A hora e a vez de Augusto Matraga” de João Guimarães Rosa adaptado por Barbara Johnsen. As crianças do Capão deram um show!
Leitura do texto dramatúrgico com a profa. Mariana Emiliano
No Festival do Paraúna, alunos do curso técnico em Meio Ambiente tiveram uma participação muito especial. A convite do Festival, os alunos Ariane Nogueira, Geraldo Carlos, Pâmela da Silva e Sidney Queiróz realizaram imersão na comunidade no Capão do dia 30 de maio a 3 de junho. A acolhida na comunidade envolveu hospedagem familiar. Os alunos tiveram a chance de conviver, conhecer histórias de vida e participar de diversas oficinas e atividades educativas promovidas pelo festival.
Dentre as oficinas realizadas pelos alunos, destaque para Bonecas africanas Abaomi, que consistiu em produçãode bonecas de pano com contação da historia da Abaomi e Tintas de pigmentos de terra e pinturas colaborativas, em que utilizando-se de pigmentos de terra de duas comunidades negras (Capão e Espinho), foi feito mutirões para produção das tintas e para pintura de dois grandes painéis.
Bonecas Abaomi
Detalhe de um dos murais feitos com tinta ecológica
Ao retornar a Diamantina, os alunos compartilharam suas experiências com os demais. Participaram do bate-papo, o coordenador do curso técnico em Meio Ambiente Emerson Delano e Bruno Mendes, um dos idealizadores do Festival que acompanhou e orientou os alunos na imersão. Além de atuar em Diamantina e região na área de patrimônio cultural, Bruno também é envolvido com o campo da agroecologia e pôde ampliar ainda mais a discussão.
Bruno Mendes no Campus Diamantina com a turma do curso de Meio Ambiente
A experiência no Festival do Paraúna marcou a aluna Ariane Nogueira, de 30 anos: “Participei da oficina de pigmentos da terra, da oficina de bonecas e um pouco da de maracatu e registro. O que mais me marcou foi a oficina de bonecas... a história me tocou. Convivência, respeito: um conhecimento maior”.
Ariane Nogueira
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