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O Coordenador do curso de Licenciatura em Química, Prof. Bruno Vilachã Ferreira, juntamente com pesquisadores conceituados do país e do exterior, na área da Espectrometria de Massas, publicaram o artigo "The Intermediates in Lewis Acid Catalysis with Lanthanide Triflates" no European Journal of Organic Chemistry (Wiley-VCH), revista de grande prestígio da Química Orgânica e classificada como A2 no Qualis/CAPES.

O artigo aborda a investigação do mecanismo da reação de Condensação de Knoevenagel catalisada por triflatos de lantanídeos. Essa reação tem uma grande importância na síntese orgânica, porque os seus produtos são empregados na síntese de moléculas biologicamente ativas. Os catalisadores de ácidos de Lewis utilizados nesses estudos foram os triflatos de itérbio (Yb(OTf)₃) e de disprósio (Dy(OTf)₃), considerados muito eficientes nas reações multicomponentes devido as suas características oxofílicas. Do ponto de vista sintético, as reações mediadas por essas espécies são consideradas limpas, sem a geração de resíduos quando comparadas aos ácidos de Lewis tradicionais, e adequadas para aplicações na Química Verde, podendo ser reciclados e reutilizados sem a perda de eficiência e seletividade.

Segundo Bruno, por meio da espectrometria de massas, da espectroscopia de dissociação multifotônica de íons no infravermelho e de cálculos teóricos (DFT), os intermediários sintéticos foram interceptados e caracterizados durante o monitoramento reacional. Como resultados, constatou-se que os complexos de lantanídeos apresentam um papel fundamental nessas reações e diferentes eficiências catalíticas.

“Até o momento, a literatura desconhecia sobre quais eram os tipos de espécies químicas que estavam envolvidos nessas reações. Com essa pesquisa comprovamos a participação e a importância de diferentes complexos formados durante o percurso da Condensação de Knoevenagel, até a obtenção do produto sintético desejado. As reações são o coração e a alma da química e dos químicos, e para que possamos aperfeiçoá-las, é necessário conhecer os seus detalhes mecanísticos”, afirma o professor.

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Fonte: Prof. Bruno Vilachã Ferreira