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Trabalho premiado no SIC avalia bem-estar animal em maternidade suinícola do Campus Salinas

Publicado: Segunda, 20 de Maio de 2019, 11h00 | Última atualização em Terça, 21 de Maio de 2019, 09h15
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A indissociabilidade entre o ensino e a pesquisa é um dos pilares sobre os quais se sustenta a proposta de atuação dos Institutos Federais. Um dos trabalhos premiados no VIII Seminário de Iniciação Científica (SIC) do IFNMG mostra, na prática, como isso funciona. “Análise de bem-estar animal na maternidade suinícola: a sala de aula como agente promotor de pesquisa” foi classificado em primeiro lugar na área Multidisciplinar. O trabalho foi feito por Stéfany Gonçalves, Sâny Ribeiro Aquino, Anne Karoline Mendes da Silva e Pâmella Vianna Lisboa, alunas de Medicina Veterinária do Campus Salinas, sob a orientação dos professores Thaís Larissa Lourenço Castanheira e Eduardo Garrido.

Stéfany Gonçalves explica que a problematização que deu origem à pesquisa surgiu durante a disciplina Etologia e bem-estar animal, do 4º período do curso, que tem como proposta a busca de metodologias de avaliação do bem-estar animal nas Unidades de Educação em Produção (UEPs), com o objetivo de melhorar as condições de vida dos animais alojados na escola. Atualmente, a questão do bem-estar durante a criação, o manejo e o abate dos animais é central para atender as exigências do mercado e dos consumidores. Conforme destacado no trabalho premiado no SIC, no caso específico da suinocultura, as fêmeas gestantes precisam de uma maior atenção quanto às condições de bem-estar, devido ao estado de confinamento total em que se encontram, o que pode ter consequências físicas e mentais para o animal e gerar problemas de produtividade e fertilidade.

Para avaliar as condições da ala da maternidade suinícola do Campus Salinas, o grupo de alunas usou como base quatro parâmetros, adaptados do proposto pelas pesquisadoras Andressa Rodrigues Lazarin e Barbara Cristina Mazzucatto, da Universidade Estadual de Maringá: nutrição, conforto, sanidade e comportamento. Depois de analisar cada um desses aspectos, elas atribuíram notas de zero a dez para cada um e estabeleceram a seguinte classificação: inadequados os quesitos com notas de zero a três; regulares os que obtiveram notas de quatro a sete; e adequados os que receberam notas de oito a dez.

A melhor avaliação da maternidade suinícola foi em relação aos aspectos nutricionais, que ganharam nota dez e foram classificados como adequados. Os demais parâmetros receberam classificação regular. No quesito conforto, a ala levou nota cinco, por causa da “incidência de luz solar, que ocasiona certo desconforto térmico para as fêmeas, associado à falta de sombrites ou ventiladores”. Na avaliação da sanidade, a nota foi seis. O motivo, segundo as autoras da pesquisa, foi a ausência de protocolo de vacinação e vermifugação dos animais. Para o comportamento dos animais, novamente nota cinco e um dos motivos foi a falta de espaço para que as fêmeas se comportassem naturalmente. Na média, a nota calculada pelas alunas foi sete, o que significa que o bem-estar animal na maternidade suinícola foi avaliado como regular.

Um dos diferenciais do trabalho de Stéfany Gonçalves e suas colegas de curso foi desenvolver uma ferramenta de avaliação de bem-estar animal adaptada à realidade de uma das Unidades de Educação em Produção do IFNMG-Campus Salinas. Poder levar esses resultados para o evento de pesquisa do Instituto, segundo a estudante, foi “uma experiência incrível”. Para a próxima edição do SIC, ela aposta, quem sabe, em voltar para apresentar a continuação do trabalho.

Acesse o resumo do trabalho apresentando no VIII SIC.

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