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A importância da ciência em prol das demandas regionais norteou as discussões durante a abertura do SIC

Publicado: Quarta, 11 de Maio de 2016, 17h25 | Última atualização em Quarta, 11 de Maio de 2016, 17h54
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“Estamos realmente atendendo às demandas das nossas áreas de abragência nas quais estamos inseridos?”. Foi esta a pergunta feita pelo reitor do IFNMG, professor José Ricardo Martins da Silva, aos alunos, professores e demais servidores presentes na abertura oficial do V Seminário de Iniciação Científico (SIC), em Montes Claros. O evento começou na noite desta terça-feira, 10, e prossegue até sexta-feira, dia 13. 

Para o reitor, sua indagação propõe uma mudança de paradigma para que o pesquisador reflita sobre o seu papel social. “Devemos sempre fazer reflexões nessa perspectiva. É de fundamental importância que nossas pesquisas sejam direcionadas para resolver os problemas da nossa sociedade. Não nos esqueçamos de atender a nossa população. Não devemos simplesmente enriquecer os nossos egos de pesquisadores e levar nossos alunos também para esse rumo”, defendeu José Ricardo.

O pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, Rogério Mendes Murta, concordou com o reitor e disse aos pesquisadores: “Esse grandioso evento é por vocês e para vocês. É uma forma singela de reconhecer o valor do trabalho prestado à pesquisa e à inovação do IFNMG na região Norte de Minas, dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e da região noroeste de Minas”.

Investimento

O professor Rogério Murta defende que a pesquisa tem o poder de melhorar, significativamente, o dia a dia das pessoas e da sociedade como um todo. Por isso, ele defende que as parcerias com as agências de fomento, como Fapemig e CNPq, continuem, a fim de fortalecer a pesquisa no Instituto. “Essas agências financiam atualmente 160 bolsas de iniciação científica no IFNMG. Além disso, dedicamos sagradamente o recurso específico para a pesquisa. A palavra certa é sagradamente. Podemos até cortar outras atividades, mas não cortamos as nossas bolsas de iniciação científica. Na iniciação científica, não existe corte, não existe contingenciamento”, afirmou o pró-reitor.

O investimento em pesquisa garante que projetos em prol da comunidade sejam realizados. É o caso do projeto Informática para gente miúda desenvolvido no ano passado. A aluna do curso de Ciência da Computação, Anne Almeida, participou do projeto. Ela explica que o projeto começou com a proposta de inserir no IFNMG os alunos das escolas públicas próximas ao Campus Montes Claros. “Ensinávamos computação para as crianças através de jogos e tendo como base as matérias que eles aprendiam na escola, como geografia e história. Depois, o projeto adquiriu um novo formato. Por exemplo, líamos uma notícia de algo que aconteceu em um determinado lugar. Depois, o aluno pesquisava sobre esse lugar na internet. Com esse projeto, percebemos que poderíamos motivar as crianças a realizar seus sonhos ”, explicou Anne.

Um evento de todos

A acadêmica do curso de Ciência da Comuputação é uma das mais de 1.200 pessoas que estão inscritas no V Seminário de Iniciação Científica. Todos os campi fizeram questão de participar do evento enviando caravanas e representantes. Também participam pesquisadores de outras instituições de ensino, já que, neste ano, o SIC foi aberto ao público externo.

Os inscritos terão ainda a oportunidade de participar da V Mostra de Trabalhos Científicos, do III Prospectar Pesquisa e da II Feira de Inovação. Apresentação de trabalhos científicos e palestras também compõem a programação do evento. O coordenador do SIC 2016, professor Marcos Aurélio Duarte Carvalho, disse que não foi fácil preparar todo o Seminário, mas o engajamento dos 11 campi foi fundamental para o desenvolvimento das ações. “Foi um desafio muito grande para alunos e servidores do Campus Montes Claros. Contamos com a participação de todos os professores, servidores técnico-administrativos e alunos. O Campus Montes Claros deixa como legado a união de todos os servidores e alunos para realizar esse evento, contribuindo para evoluir e consolidar a pesquisa na nossa região”, enfatizou o coordenador.

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O diretor do IFNMG-Campus Montes Claros, Nelson Licínio Campos de Oliveira, também destacou a importância da pesquisa nas regiões em que estão inseridos os campi do IFNMG justificando o compromisso do Instituto. “O IFNMG tem como missão produzir, disseminar e aplicar o conhecimento científico e tecnológico para a formação de indivíduos capacitados para o exercício pleno da cidadania e contribuir para o progresso socioeconômico, local e regional na perspectiva de desenvolvimento sustentável, a partir da integração das demandas da sociedade com o setor produtivo. Dessa forma, o IFNMG consolida-se como propulsora de desenvolvimento”, declarou o diretor.

Marco Legal da CT&I

A palestra da noite ficou por conta da assessora adjunta de inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Elza Fernandes de Araújo, que falou sobre o novo Marco Legal da área de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).

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O novo Marco Legal compõe, atualmente, a pauta de discussões da comunidade científica no Brasil. Segundo a paletrante, o novo Marco diz respeito à aplicação da lei nº 13.243/2016, sancionada em janeiro deste ano.

Ela explicou que o novo Marco Legal de CT&I altera nove leis. Entre as modicações, destacam-se: dispensa da obrigatoriedade de licitação para compra ou contratação de produtos para fins de pesquisa e desenvolvimento; permissão entre universidades e institutos de pesquisa para que compartilhem o uso de seus laboratórios e equipes com empresas, para fins de pesquisa; regras simplificadas e redução de impostos para importação de material de pesquisa e permissão para que professores das universidades públicas em regime de dedicação exclusiva exerçam atividade de pesquisa também no setor privado, com remuneração, aumentando 120 horas para 416 horas anuais (8 horas/semana), o tempo de dedicação fora da universidade.

A favor do desenvolvimento social

Tudo isso é importante, segundo Elza Fernandes, porque “a construção da capacidade de inovação tecnológica não ocorre só dentro da empresa”. Ela citou os smartphones, explicando que neles há cerca de 100 patentes, mas nenhuma é brasileira. Ela ainda apresentou alguns números que denotam a importância de investir na pesquisa de inovação no país: “O Brasil está no 70º lugar no Índice Global de Inovação. De 2014 para 2015, o Brasil caiu nove posições. O índice deste ano ainda não saiu e estamos com uma expectativa muito grande”.

Para a assessora, é preciso que haja uma mudança de cultura a partir do papel do Governo, das empresas e dos organismos que produzem pesquisa no Brasil, incluindo os Institutos Federais. É essa mudança que, de acordo com Elza, promoverá o desenvolvimento do país. Ela ainda fez questão de afirmar: “Não tem desenvolvimento social sem desenvolvimento econômico, e entre os objetivos desse desenvolvimento deve estar a redução da desigualdade social”.

Leia mais sobre o V Seminário de Iniciação Científica em:

Com 1.200 participantes, Seminário de Iniciação Científica reunirá comunidade acadêmica do IFNMG de hoje a sexta, em Montes Claros

http://sic.ifnmg.edu.br

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