Viagem técnica leva acadêmicos ao parque Estadual do Rio Preto
Nos dias 26 e 27 de Novembro, os alunos dos cursos de Agronomia e Engenharia Agrícola e Ambiental da disciplina de Legislação Ambiental, ministrada pela professora Soraia Frota, realizaram uma viagem técnica para visitação do Parque Estadual do Rio Preto, o qual faz parte do município de São Gonçalo. Na chegada ao local de destino, os acadêmicos foram recebidos e levados ao auditório para boas-vindas, momento em que receberam instruções das normas do parque. Em seguida, os estudantes realizaram uma trilha seguido de um guia, em direção a belíssima Cachoeira do Crioulo, que possui uma queda de 30m, local para banho e pequena praia com areia branca, considerado uma trilha com alto grau de dificuldade, com distância de 6,5 km do pouso.
O Parque Estadual do Rio Preto foi criado em 1º de Junho de 1994, possui uma área de 121,85km² e está situado à 369km de distância de Januária. Localiza-se na Serra do Espinhaço, na região do vale do Jequitinhonha, no município de São Gonçalo do Rio Preto. O Parque apresenta relevo acidentado repleto de rochas de quartzo que formam belíssimos painéis, cachoeiras, piscinas naturais, praias fluviais com areias brancas e é importante na proteção das nascentes da bacia do rio Jequitinhonha e de diversas espécies de fauna em situação de risco.
Com predominância do clima tropical, a vegetação característica é o cerrado, com formações campestres, savânicas, que incluem árvores inclinadas, com ramificações irregulares e distorcidas e inúmeras espécies de vegetais existentes na área, com destaque para o monjolo, pau pereira, candeia, sucupira, pau d´óleo, peroba, ipê, araticum, carvalho e várias espécies de sempre-vivas.
Enquanto as porções a leste do parque contam com uma maior influência da Floresta Atlântica, as porções norte e sul apresentam faunas associadas aos biomas do cerrado e aos campos rupestres, respectivamente. Destaca-se a presença de animais endêmicos, como as aves beija flor de gravata vermelha, beija flor de gravata verde, o lenheiro da cerra do cipó e o rabo mole da serra. Entre os mamíferos, figuram o lobo guará, suçuarana, tatu canastra, tamanduá bandeira, veado e jaguatirica. Há ainda a coruja buraqueira, a Maria branca e o tico-tico do campo.
História para contar
A unidade de conservação reúne as terras das antigas fazendas Boleiras, Alecrim e Curral. Nessas fazendas eram exploradas atividades de pecuária de corte, extração de sempre-vivas, garimpo e coleta de frutos silvestres.
A história da unidade de conservação está ligada às lendas e mitos dessa antiga área de mineração. Na área, segundo relatos, se escondiam escravos fugidos que conheciam bem suas matas e serras.
O Parque Estadual do Rio Preto foi o primeiro a receber o marco de referência da Estrada Real, que vai de Parati (RJ) até Diamantina.
Infraestrutura
O Parque possui uma das mais completas infraestruturas em unidades de conservação de Minas Gerais que inclui portaria, estacionamento e restaurante. O Centro de Visitantes possui um auditório para 70 pessoas, duas salas de reunião para 30 pessoas cada e uma sala para exposições.
Os doze alojamentos podem abrigar até 52 pessoas e a área de camping comporta até 25 barracas e possui quiosques, churrasqueiras, lavatório de vasilhames, vestiários e fonte de água potável.
Texto e fotos /: Lud' Milla Melúcio Guedes - Eng. Agrícola e Ambiental - 6º Período
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