Portal IFNMG - Campus Arinos realiza a IV Semana da Consciência Negra Ir direto para menu de acessibilidade.
Portal do Governo Brasileiro
ptenfrdeites
Início do conteúdo da página

Campus Arinos realiza a IV Semana da Consciência Negra

Publicado: Terça, 28 de Novembro de 2017, 07h54 | Última atualização em Terça, 28 de Novembro de 2017, 08h16

O IFNMG-Campus Arinos realizou de 20 a 24 de novembro de 2017 a IV Semana da Consciência Negra, homenageando as intelectualidades dos negros no Brasil: Milton Santos e Auta de Souza.

A referência à data 20 de novembro, dia de morte de Zumbi dos Palmares, começou no domingo, dia 19/11, com a visita de alguns professores do campus ao Quilombo Buriti do Meio, no município de São Francisco, para os festejos quilombolas da data em homenagem à Consciência Negra.

No campus, a IV Semana da Consciência Negra contou com a exposição de painéis produzidos pelos alunos do Ensino Médio integrado aos cursos técnicos, com intervenções artísticas apresentadas por eles durante os intervalos das aulas e com uma culminância promovida pela comissão de trabalho que organizou o evento e por convidados externos.

A culminância ocorreu na terça-feira, 21 de novembro de 2017, e encheu o auditório do campus durante todo o dia, com alunos, professores e comunidade. Destaque à presença marcante dos alunos que se envolveram com as propostas e participaram ativamente do evento, fazendo declamações, apresentações teatrais e musicais.

A abertura foi feita pela professora de Língua Portuguesa e Literatura, Maria Flávia, que contextualizou o tema insistindo na reflexão de que não se trata de uma comemoração, e, sim, de um marco histórico de resistência. Posteriormente, os professores de Geografia, Danilo Divardin e Ana Cristina, apresentaram a biografia de Milton Santos, com destaque à “questão negra” na trajetória desse estudioso, e a professora Maria Flávia seguiu apresentando a biografia de Auta de Souza, destacando a ausência dessa importante escritora negra nos livros didáticos. Ainda pela manhã, o servidor Nereu Filho fez uma palestra sobre Democracia Racial, enfatizando o conceito de “racismo à brasileira”.

A parte da manhã foi prestigiada com a participação do casal de professores Luana Botelho e Diorny Reis, que deram depoimentos sobre momentos em que sofreram com o racismo, e com apresentações artísticas dos alunos, intercaladas aos momentos de fala dos professores e servidores. Também movimentou a manhã, o professor de Língua Portuguesa e cantor, Málter Ramos, tocando belíssimas canções relacionadas ao tema da Consciência Negra. O turno vespertino seguiu com apresentações dos alunos e de Málter Ramos, intercaladas à palestra do representante do Quilombo Buriti do Meio, Wendel, que trouxe dois jovens quilombolas para apresentarem uma cantiga tradicional, transmitida de geração a geração dentro do quilombo, que fica no município de São Francisco. Nesse momento, alunos e professores entraram na dança. Durante sua apresentação vespertina, Málter trouxe uma convidada: a sanfoneira Pretinha da Sanfona, mulher simples de Arinos, que se sentiu extremamente emocionada com o convite. Também à tarde ocorreu, no ginásio do campus, uma roda de capoeira, com a presença do Grupo Pombo de Capoeira, do município de Arinos. Mais uma vez, houve interação marcante com o público.

No noturno, foi composta uma mesa para debate, em que falaram os professores e convidados já mencionados, fazendo a contextualização do tema, a apresentação da biografia dos homenageados, a discussão sobre democracia racial e sobre a realidade quilombola na região. Nos intervalos, o público assistia à apresentação de Málter Ramos. Destaque ao momento em que Wendel presenteou o IFNMG - Campus Arinos com um vasilhame de barro produzido no Quilombo Buriti do Meio. Diversas peças artesanais foram vendidas durante o evento, contribuindo com a renda dos quilombolas.

A IV Semana da Consciência Negra seguiu com apresentação de painéis pelos alunos, que foram afixados nas paredes dos corredores, e com intervenções artísticas, como declamações de poemas e danças durante os intervalos.

Conheça um pouco dos homenageados em 2017:

Milton Santos foi um geógrafo brasileiro, considerado por muitos como o maior pensador da história da Geografia no Brasil e um dos maiores do mundo. Destacou-se por escrever e abordar sobre inúmeros temas, como a epistemologia da Geografia, a globalização, o espaço urbano, entre outros.
Conquistou, em 1994, o Prêmio Vautrin Lud, o Nobel de Geografia, sendo o único brasileiro a conquistar esse prêmio e o primeiro geógrafo fora do mundo Anglo-Saxão a realizar tal feito. Além dessa premiação, destaca-se também o prêmio Jabuti de 1997 para o melhor livro de ciências humanas, com “A Natureza do Espaço”. Foi professor da Universidade de São Paulo, mas lecionou também em inúmeros países, com destaque para a França.
A obra de Milton Santos caracterizou-se por apresentar um posicionamento crítico ao sistema capitalista e aos pressupostos teóricos predominantes na ciência geográfica de seu tempo. (http://brasilescola.uol.com.br/geografia/milton-santos.htm)

Auta de Souza deve ser considerada a poetisa norte-rio-grandense que mais ficou conhecida fora do Estado. Sua poesia, de um romantismo ultrapassado e com leves traços simbolistas, circulou nas rodas literárias do país despertando sempre muita emoção e interesse, e foi fartamente incluída nas antologias e manuais de poesia das primeiras décadas. Como a maioria dos escritos femininos, sua obra poética deixou-se contaminar pelas experiências vividas, o que, aliás, não compromete o lirismo e o valor estético de seus versos.
Aos 24 anos, no dia 7 de fevereiro de 1901, Auta de Souza morria tuberculosa. No ano anterior havia publicado seu único livro de poemas sob o título de Horto, com prefácio de Olavo Bilac, que obteve significativa repercussão na crítica nacional. Em 1910 saía a segunda edição, em Paris, e, em 1936, a terceira, no Rio de janeiro, com prefácio de Alceu de Amoroso Lima.
Antes de serem reunidos em O Horto, parte de seus poemas foram publicados em jornais como A Gazetinha, de Recife, O Paiz, do Rio de Janeiro, e A República, A Tribuna, o Oito de Setembro, de Natal, e nas revistas Oásis e Revista do Rio Grande do Norte. Os poucos poemas inéditos que deixou foram recolhidos e publicados nas edições seguintes de o Horto.
(https://poemia.wordpress.com/2008/07/27/auta-de-souza-pequena-biografia/)

Clique aqui e veja as fotos do evento.

Fim do conteúdo da página