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Professor do Campus Arinos publica artigo em periódico A1

Publicado: Terça, 07 de Fevereiro de 2023, 14h55 | Última atualização em Terça, 07 de Fevereiro de 2023, 14h55

Dino Beghetto Junior, professor da área de Matemática no IFNMG Campus Arinos, é graduado em Matemática, e mestre e doutor em Física. No dia 07 de fevereiro de 2023, teve um artigo publicado no periódico Journal of High Energy Physics (JHEP). A revista científica e periódico em questão é de acesso aberto (APCs - SCOAP³), de propriedade da International School for Advanced Studies (SISSA - Trieste, Itália) e publicada pela Springer. Possui fator de impacto de 6.379 (dados de 2021) e Qualis Capes A1. O artigo, cujo título é “A geometrical approach to nontrivial topology via exotic spinors” (Uma abordagem geométrica para a topologia não-trivial via espinores exóticos), resulta de sua colaboração com os pesquisadores Júlio Marny Hoff da Silva [professor livre-docente da Unesp Campus Guaratinguetá], Rogério Teixeira Cavalcanti [professor visitante da UFABC campus Santo André] e Gabriel Marcondes Caires da Rocha [doutorando na Unesp Campus Guaratinguetá].

O artigo apresenta uma geometrização da topologia não-trivial de um espaço-tempo, utilizando os chamados espinores exóticos para a construção do método. Estes espinores surgem naturalmente em uma variedade riemanniana ou lorentziana multiplamente conexa representando o espaço-tempo, e carregam em sua dinâmica informações da não-trivialidade inerente a tal variedade, por meio de um fator diferencial de ordem topológica alterando o operador de Dirac usual. Se valendo do ponto de vista de Élie Cartan de que espinores são objetos pré-geométricos, de modo que um ponto do espaço-tempo possui coordenadas que dependem das componentes espinoriais, foi possível obter uma configuração geométrica na qual a métrica de Minkowski é perturbada por elementos oriundos das informações topológicas trazidas pelos espinores exóticos, refletindo os efeitos da não-trivialidade da topologia no aspecto geométrico do problema. Dito de outro modo, a topologia não-trivial induz correções na métrica do espaço-tempo. Por meio das formas bilineares resultantes, é possível estudar os efeitos da topologia nos sistemas físicos de interesse.

No contexto de espaços-tempo planos, foram estudados modos quasinormais derivados da interface da topologia não-trivial e a relação de dispersão de campos escalares. Modos quasinormais surgem naturalmente em buracos negros lineares em teoria de perturbação, correspondendo ao estágio final dos sinais de ondas gravitacionais. Ainda, tais modos são importantes no tratamento de sistemas dissipativos, abrangendo uma boa parte dos sistemas físicos realísticos. Como resultado do estudo da influência da topologia nos modos quasinormais de um campo escalar, modos parcialmente efêmeros ou amplificados são esperados, a depender do tipo de interação com o fator que carrega informações da não-trivialidade da topologia do espaço-tempo. Por fim, o trabalho salienta a possibilidade de interpretar a abordagem apresentada como uma primeira tentativa de investigar as consequências físicas de um espaço-tempo cuja topologia, em escalas profundas, é não-trivial. Vale ressaltar que os cálculos feitos podem, naturalmente, ser expandidos para o estudo de espaços-tempo curvos simplesmente relaxando algumas aproximações, em que a topologia não-trivial poderia servir como fonte mesmo na ausência de campos de matéria. Esta diretriz de pesquisa abre portas para novos trabalhos.

O professor salienta que o tripé ensino-pesquisa-extensão que configura a carreira docente no âmbito federal é algo de grande importância. Ressalta que o elo entre as três atividades da carreira deve ser equilibrada em carga horária e inseparável de suas ocupações. Uma estrutura robusta e prudente deste tripé permite que pesquisas importantes possam ser realizadas por docentes na instituição. Além de ser parte vital da trajetória de obtenção e atualização de conhecimento, o que fortalece o bom perfil docente, a valorização da pesquisa faz levar o nome do IFNMG e, em especial, do Campus Arinos para esferas cada vez mais amplas no que tange trabalhos científicos de relevância.

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