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Artigo premiado no VIII SIC discute condições de trabalho dos professores da Rede Federal

Publicado: Quarta, 08 de Maio de 2019, 11h55 | Última atualização em Quarta, 08 de Maio de 2019, 12h00

Em dezembro 2018, ao completar dez anos de criação, a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica contabilizava 45.386 docentes ativos, que pertencem à carreira de Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal. Um número muito significativo que endossa a relevância e a necessidade de se refletir sobre as condições de trabalho a que estão sujeitos esses professores, que atuam em ambientes com características bem específicas, com organização pedagógica verticalizada, que pode ir da educação básica à pós-graduação.

O dado foi extraído do Painel Estatístico de Pessoal (PEP) do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão pela servidora do IFNMG Débora Miquéias Soares para integrar o trabalho “Condições de Trabalho do Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico nos Institutos Federais”, que foi premiado no VIII Seminário de Iniciação Científica (SIC) como o melhor na área de Ciências Humanas. Débora revisitou livros e artigos científicos de vários autores que já se debruçaram sobre o tema e também sobre a legislação pertinente com o objetivo de compreender “o trabalho do Professor EBTT e como o desenho institucional dos IFs, somado às mudanças legais, tem delineado a prática docente”. A coautoria do trabalho é de Ricardo dos Santos Silva e Suzana Alves Escobar, que são professores de Débora no Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) do IFNMG.

Para a reflexão a que se propôs, a autora enfatizou a importância de considerar as mudanças por que passaram o mundo do trabalho, de forma geral, e as políticas educacionais. Nesse contexto, um dos aspectos abordados no trabalho são as influências que as políticas neoliberais adotadas no Brasil, com vistas ao desenvolvimento econômico, tiveram para o campo da educação. Foram reflexos como a aproximação das instituições de ensino à lógica de mercado e a avaliação dos professores em termos de eficiência, produtividade e desempenho dos alunos, que impactaram diretamente as condições de trabalho desses profissionais.

Outro ponto abordado pela pesquisadora foram os reflexos da verticalização do ensino característica dos Institutos Federais, como mencionado anteriormente. De acordo com Débora, na revisão de literatura realizada, essa forma de organização pedagógica “apresenta-se como um tema recorrente e discordante entre os autores. Para alguns, esse modelo contribui para a prática docente e a EPT, estabelecendo por exemplo a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, enquanto, para outros, promove a flexibilização, a intensificação e a precarização do trabalho docente”.

O artigo de Débora, que é Tecnóloga em Gestão de Recursos Humanos e atua na Reitoria, está diretamente relacionado ao trabalho final que ela pretende apresentar no mestrado, que, por ser profissional, exige além da dissertação um produto educacional, a ser elaborado, aplicado e avaliado pelo aluno.

Débora Sic

 

Acesse o resumo do trabalho “Condições de Trabalho do Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico nos Institutos Federais”, apresentado no VIII SIC do IFNMG.

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