IFNMG lança campanha contra toda forma de constrangimento no ambiente escolar
Estudantes e servidores do IFNMG participaram nesta terça-feira (20/08) no auditório do Campus Montes Claros do lançamento da campanha “Constrangimento não tem graça – IFNMG a favor do respeito”, que visa promover e estimular ações em todo o Instituto para reflexão e conscientização diante de todas as formas de assédio, preconceito e constrangimento no ambiente escolar.
Na parte da manhã, com cerca de 150 alunos dos cursos técnicos e superiores, foi realizada a roda de conversa "Diversidade, respeito, empatia e tolerância: bases para uma formação cidadã", que, dentre outros pontos, contou com explicação das ações a serem tomadas pelos estudantes e pela instituição em casos de atos de constrangimento, com relatos de casos de superação das situações constrangedoras e com sensibilização para a promoção do amor, da empatia e do respeito.
Durante a tarde, a ação foi direcionada aos servidores do IFNMG, com a presença do reitor do Instituto, professor José Ricardo Martins da Silva, e com palestra do procurador-chefe da Procuradoria Federal junto ao IFNMG, Dr. sobre assédio moral e sexual nas instituições de ensino. Como direcionado a todos os servidores, esse momento foi transmitido ao vivo pelo canal do IFNMG no Youtube.
Em ambos os momentos, os representantes dos estudantes que compuseram as mesas destacaram a importância de ações e campanhas como essa para que a instituição e seus servidores e alunos sigam evoluindo no sentido de coibir as ações preconceituosas e promover o uma educação plural, diversa e respeitosa. “Muito também em função das nossas mobilizações e reclamações, o Instituto tem melhorado bastante nesse suporte aos alunos, que infelizmente vão continuar a conviver com esse tipo de atitude tanto aqui dentro quanto lá fora, já que vivemos em uma sociedade machista e racista com preconceitos enraizados”, disse a estudante do curso técnico integrado em Informática e presidente do Grêmio Estudantil do Campus Montes Claros, Ana Karoline Antunes Dias.
A mesa redonda da parte da manhã foi composta por (da esquerda para a direita): Ana Karoline Antunes Dias (estudante do curso técnico integrado em Informática e presidente do Grêmio Estudantil do Campus Montes Claros), Saulo Vidal (professor do Campus), Ana Alves Neta (diretora da Diretoria de Assuntos Estudantis e Comunitários), Renato Cota (diretor-geral do IFNMG - Campus Montes Claros), Aline Silvânia dos Santos (assessora do Núcleo de Ações Inclusivas do IFNMG) e Brenda Rodrigues (estudante de Engenharia Química e vice-presidente da Associação Acadêmica Atlética Unificada do Campus Montes Claros)
De fato, como destacado pelos gestores, o Instituto conta com diversas formas de amparo os alunos, com destaque aos núcleos que oferecem atendimento especializado com profissionais como psicólogos, assistentes sociais e assistentes de aluno, além de fazer valer os mecanismos determinados pela legislação, notadamente pela lei 8.112, para apurar as denúncias dentro de todo o rito processual e, se for o caso, punir os servidores que tenham cometido algum tipo de ação inadequada.
O reitor do IFNMG, professor José Ricardo Martins da Silva, convidou os servidores a refletirem sobre a importância que possuem enquanto servidores públicos e, especialmente, como educadores. “Esse tema incomoda, principalmente em função da intolerância que temos observados na nossa sociedade. Precisamos fortalecer o respeito. Respeito do papel de servidor público e respeito para seus próximos, principalmente diante do nosso bem maior, que são os nossos alunos”, disse José Ricardo.
Durante sua palestra, o procurador federal junto ao IFNMG destacou que esse assunto tem sido uma preocupação em todas as instituições públicas e que, para além das punições, é preciso fazer ações como essa campanha para evitar que os atos inadequados aconteçam. “Não basta que a gente espere um problema acontecer para a partir daí instaurar um processo administrativo e aplicar as penalidades. É óbvio que se isso acontecer, o gestor tem o dever de adotar as providências, mas mais importante é a gente fazer esse trabalho proativo, se adiantar ao problema, criar condições para que não tenhamos que lidar com a necessidade da punição”, disse o procurador, que ao longo da palestra tratou mais especificamente de dois dos mais falados atos de constrangimento, inclusive no ambiente escolar: o assédio moral e o assédio sexual, destacando como é salutar que comportamentos que antes eram aceitos hoje não estão sendo, em um processo de evolução das relações sociais.
A campanha “Constrangimento não tem graça” promoverá outras ações no âmbito do IFNMG e a comissão institucional coordenadora dos trabalhos, presidida pela diretora da Diretoria de Assuntos Estudantis e Comunitários do IFNMG, professora Ana Alves Neta, irá sugerir e estimular ações para que todos os campi do Instituto promovam trabalhos com o mesmo objetivo de promover reflexão e conscientização para enfrentamento de todas formas de preconceito, violência, discriminação e constrangimento no ambiente escolar.
Redes Sociais