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Primeira dissertação do PPGVET avaliou uso de subproduto da mandioca na alimentação de ovinos

Publicado: Segunda, 26 de Agosto de 2019, 10h57 | Última atualização em Segunda, 26 de Agosto de 2019, 11h06

Arthur Andrade

Arthur Andrade (ao centro) foi o primeiro mestrando do PPGVET/IFNMG a defender sua dissertação

Quase uma década depois de se formar em Engenharia Agronômica, de atuar como instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) Minas e manter a própria empresa de serviços e assessoria agropecuária, Arthur Mares Ferreira Andrade comemora mais uma conquista profissional: ele acaba de defender sua dissertação no mestrado profissional em Medicina Veterinária do IFNMG. A defesa, realizada no último dia 16/08, foi a primeira do Programa de Pós-Graduação mantido pelo Instituto no Campus Salinas (PPGVET). “Profissionalmente [sinto-me] mais qualificado e preparado para esse crescente sistema pecuário, que busca sustentabilidade, rentabilidade e bioeficiência”, afirma Arthur.

Foi exatamente a esses requisitos e exigências atuais do setor agropecuário que ele quis atender ao desenvolver sua pesquisa no programa de mestrado, com a proposta de utilização de um subproduto agrícola na alimentação animal. Os resultados são apresentados na dissertação “Feno da parte aérea da mandioca na alimentação de cordeiros” (título final, após as correções sugeridas pela banca durante a defesa). O trabalho contou com a orientação do professor Antônio Eustáquio Filho e coorientação dos professores Wagner Azis Garcia de Araújo e Paulo Eduardo Ferreira Dos Santos.

Na primeira parte do trabalho, Arthur Andrade avaliou o efeito da substituição da silagem de milho pelo feno da parte aérea da mandioca no desempenho de ovinos confinados. O experimento foi realizado com 32 cordeiros. “As dietas ofertadas diferiram basicamente nos níveis (25%, 50%, 75%, 100%) de substituição da silagem de milho pelo feno da parte aérea da mandioca.” Segundo Arthur, as dietas obtiveram o mesmo desempenho, não houve diferença estatística entre o ganho de peso dos cordeiros. Por outro lado, ele destaca que as dietas com maiores níveis de inclusão do feno da parte aérea da mandioca registraram menor consumo de matéria seca, ou seja, nessas dietas, os cordeiros precisaram comer menos para produzir o mesmo tanto de carne. “Se com menor consumo eles tiveram o mesmo ganho de peso, isso quer dizer que essas dietas foram mais eficientes”, explica. Como conclusão geral, o pesquisador registrou que “o feno da parte aérea da mandioca substitui a silagem de milho em níveis de até 100%, sem comprometer o ganho de peso de ovinos confinados”.

O trabalho também avaliou a viabilidade econômica do confinamento de cordeiros alimentados com as dietas anteriormente mencionadas. Para fazer essa análise, o pesquisador levou em conta apenas os custos variáveis de cada dieta, já que os custos fixos (a exemplo de instalações, mão de obra, manejo, medicamentos) foram os mesmos para todas dietas testadas. Depois de aferir a receita líquida – o preço de venda dos animais subtraídos os custos de produção, ou seja, o que sobra para o produtor - para cada dieta, Arthur concluiu que “a inclusão do feno da parte aérea da mandioca em substituição à silagem de milho em níveis de até 100% melhora a viabilidade econômica de ovinos confinados”.

O engenheiro agrônomo acredita que os resultados de sua pesquisa foram importantes para mostrar que, além de alternativa para os produtores, o feno da parte aérea não diminui o desempenho dos animais. “Hoje, utilização de subprodutos, a busca pela bioeficiência é uma realidade”, comenta o mestrando.

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