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A importância de tornar o aluno protagonista do processo de ensino-aprendizagem será o assunto de um bate-papo entre professoras do IFNMG

Publicado: Quarta, 14 de Outubro de 2020, 17h20 | Última atualização em Quinta, 15 de Outubro de 2020, 15h18

No Brasil, o Dia do Professor é celebrado por causa de um decreto imperial de Dom Pedro I, que criou o ensino elementar no país. Isso significava, ao menos no papel, que em todas as cidades, vilas e lugarejos deveriam ter escolas de primeiras letras, ou seja, o ensino primário. A partir dele, os professores deveriam ensinar a ler, a escrever, a usar a gramática da língua portuguesa, a compreender noções básicas de geometria, a efetuar as quatros operações aritméticas, entre outras operações matemáticas.

Entre desafios e avanços, metodologias de ensino-aprendizagem sempre foram pautas de discussões quando o assunto é educação. E nesse contexto, os professores estão no cerne de toda e qualquer reflexão a respeito. Não é à toa que no dia em que se celebra o Dia do Professor, 15/10, as professoras do IFNMG Ana Alves Neta, do Campus Januária, e Gilda Rodrigues, do Campus Montes Claros, resolveram se juntar e discutir sobre “Aprendizagem híbrida, disruptiva e colaborativa”, um tema oportuno sobretudo nesse momento de pandemia e de aulas remotas.

O convite partiu da pedagoga Luciana Cardoso de Araújo, servidora do Centro de Referência em Formação e Educação a Distância (CEAD/IFNMG), que inicialmente pensou que o momento seria importante para os cursistas da Universidade Aberta do Brasil (UAB), visto que são docentes em formação.“Porém, tendo em vista o Dia do Professor, o contexto do ensino remoto e a necessidade crescente de discussão e implantação de uma aprendizagem híbrida, disruptiva e colaborativa em todo o IFNMG, decidimos ampliar o debate para a toda a comunidade interna e externa do Instituto”, destaca Luciana. 

O bate-papo será ao vivo e transmitido no canal oficial do IFNMG no Youtube, às 17h. Estão convidados a assistir e a participar com comentários e perguntas estudantes, professores e todos os profissionais que também atuam em prol da eficiência do processo de aquisição de conhecimento.

Mas o que é aprendizagem híbrida, disruptiva e colaborativa?

Professora Ana NetaDe acordo com a professora Ana Neta, que é mestre em Estudos Linguísticos pela UFMG e doutora em Desenvolvimento Rural pela UFRGS, aprendizagem híbrida, disruptiva e colaborativa representa exatamente os desafios da educação do século XXI. Ela aponta que ocorre atualmente um movimento de transformação mundial em todas as dimensões. “Na educação não é diferente, vivencia-se um momento de transição, com uma ruptura no modelo tradicional de ensinar e aprender, com um processo de aprender a aprender de forma colaborativa e no compartilhamento de conteúdos”, explica a servidora.

Essa transição está vinculada ao uso de tecnologias de informação e comunicação e com o desenvolvimento de competências que são necessárias para o enfrentamento de uma sociedade em constantes mudanças, conforme lista a professora: o desenvolvimento do pensamento crítico, capacidade de resolução de problemas, criatividade, colaboração, curiosidade, iniciativa, adaptabilidade, persistência, liderança, comunicação e relacionamento.

O aluno como protagonista

GildaA professora Gilda Rodrigues, mestre em Linguística pela UFU e doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela PUC Minas, destaca que quem acompanhar a roda de conversa poderá compreender melhor o ensino híbrido como uma abordagem pedagógica que combina atividades presenciais e atividades realizadas por meio das tecnologias digitais de informação e comunicação.

Existem, conforme explica Gilda Rodrigues, diferentes propostas de combinar essas atividades. Porém, na essência, a estratégia consiste em colocar o foco no processo de aprendizagem no aluno, e não mais na transmissão de informações que o professor tradicionalmente realiza em sala de aula.

“De acordo com essa abordagem, o conteúdo e as instruções sobre um determinado assunto curricular não são transmitidos pelo professor em sala de aula. O aluno estuda o material em diferentes situações e ambientes, e a sala de aula passa a ser o lugar de aprender ativamente, realizando atividades de resolução de problemas, de discussões, laboratórios, dentre outras, com o apoio do professor e colaborativamente junto aos colegas. A ideia é apresentar uma abordagem metodológica que possibilite tornar o aluno o protagonista do processo de ensino-aprendizagem”, afirma a professora.

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