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Professor do IFNMG é um dos autores de artigo sobre degradação da Amazônia na Science, uma das revistas científicas mais importantes do mundo

Publicado: Sexta, 27 de Janeiro de 2023, 14h52 | Última atualização em Sexta, 27 de Janeiro de 2023, 14h52

Enquanto o mundo todo observa os sucessivos recordes de desmatamento na Amazônia, um estudo, que envolveu mais de 30 pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, mostrou que é preciso atentar também para a degradação da floresta. Segundo os autores, mais de um terço da floresta amazônica pode ter sido degradado pela atividade humana e pela seca, o que provoca tanto ou mais emissões de carbono que o desmatamento. O artigo científico, que tem como um dos autores o professor Bruno Lopes de Faria, do IFNMG - Campus Diamantina, foi publicado nesta quinta-feira (26) na revista Science (uma das mais importantes publicações científicas do mundo) e mereceu a capa da edição. 

Capa da Revista Science de 27 de janeiro de 2023. O artigo "The drivers and impacts of Amazon forest degradation" ("Fatores e impactos da degradação florestal na amazônia", em tradução livre) pode ser acessado neste link: https://www.science.org/doi/10.1126/science.abp8622

Durante quatro anos, pesquisadores de diversos países se reuniram e analisaram dados científicos baseados em imagens de satélite e dados do campo já publicados anteriormente sobre mudanças na região amazônica. O processo de degradação da Amazônia é bem maior do que os cientistas acreditavam ser.

Os autores definem o conceito de degradação como sendo mudanças transitórias ou de longo prazo nas condições da floresta causadas por humanos. A degradação difere do desmatamento na medida em que este envolve mudanças na cobertura do solo. Foram considerados quatro fatores principais de degradação: fogo na floresta, efeito de borda (as mudanças que acontecem em áreas de floresta ao lado das áreas desmatadas), extração seletiva (como desmatamento ilegal) e secas extremas. Diferentes áreas de florestas podem ser atingidas por um ou mais desses fatores, que têm diferentes origens.

O professor do IFNMG colaborou com análises de geoprocessamento para degradação por fogo e seca e nos resultados de um modelo para projeções futuras que analisa o comportamento do fogo e a dinâmica de carbono, prevendo os padrões da potencial degradação no bioma amazônico. Em uma projeção feita pela equipe para 2050, os quatro fatores de degradação continuarão sendo as principais fontes de emissão de carbono na atmosfera, independentemente do crescimento ou cessão do desmatamento da floresta. O professor destaca que os conhecimentos adquiridos com a pesquisa têm grande potencial para gerar pesquisas e projetos no campus, especialmente na área de geoprocessamento. "Odesenvolvimento de pesquisas como essa que envolvem uso de novas metodologias na área de sensoriamento remoto e geoprocessamento podem ajudar a desenvolver tecnologias e técnicas mais avançadas e eficientes, beneficiando o IFNMG e a sociedade em geral pois contribuem para o avanço do conhecimento científico e tecnológico para os cursos e projetos de pesquisa no IFNMG e para o desenvolvimento socioeconômico da região", destaca Bruno, que iniciou o trabalho quando era professor do IFNMG - Campus Pirapora, em 2016. 

O trabalho teve ampla repercussão na imprensa, confira:

Jornal Nacional

Veja

Folha de S. Paulo

Uol

 

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Professor Bruno Faria durante trabalho de campo na Amazônia

 

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