IFintegra: Confira registros da programação artística e cultural do evento
Privilegiar as artes e a cultura no IFNMG, enquanto estratégias de produção e disseminação de conhecimentos, de alargamento dos referenciais da comunidade acadêmica/escolar e externa, bem como de ampliação do diálogo entre os múltiplos saberes, foi uma das apostas da primeira edição do IFintegra, realizado de 21 a 24 de novembro, no Campus Salinas, ao construir sua vasta programação cultural, tendo como norte a “Semana da Consciência Negra”.
Na abertura do evento (21/11), o Grupo de Dança IFSAL em Movimento, do Campus anfitrião, apresentou a coreografia “A cor do meu país”, coordenado pela professora Fabiene Brito Teles, mostrando a beleza da nossa diversidade cultural.
A música está presente no dia a dia de todas as pessoas, em diferentes ocasiões, expressando sentimentos, sensações, pensamentos e conectando as pessoas umas com as outras, com o mundo e com si mesmas. Foi pensando nessa conexão que, durante o coquetel de abertura, a banda The Teachers, composta por professores do Campus Salinas, recepcionou os visitantes e os contagiou com um repertório bastante animado.
No segundo dia do evento (22/11), na parte da manhã, houve a apresentação da dança “Yemanjá e Oxossi”, oriunda do projeto de extensão denominado Grupo de Danças Populares, coordenado pela professora Nádia Bueno Rezende, do Campus Arinos. Na sequência, o Campus Araçuaí apresentou a peça teatral “Operário em construção”, baseado no poema de mesmo nome de Vinícius de Moraes e resultado do projeto “Vestindo o Vale em música”, com direção de Luciano Silveira, coordenação dos professores Ernani Calazans e Lilian Melo e participação dos alunos do segundo ano do curso técnico em Meio Ambiente.
Aconteceu também uma exposição fotográfica que trazia diálogos sobre gênero e ambiências, idealizada pela bibliotecária Sabrina, do Campus Salinas, em parceria com Ernani Calazans, que cedeu seus registros fotográficos.
Aproveitando o espaço do prédio ao lado da sala do CELIN, o professor Ernani Calazans presenteou o Campus Salinas com uma pintura com referência a elementos naturais que compõem o espaço paisagístico local.
Na parte da tarde, aconteceram as apresentações das peças de teatro “A chinela turca” e “O caso da Vara”, baseadas nas obras homônimas do escritor negro Machado de Assis e apresentadas, respectivamente, pelos estudantes do segundo ano do curso técnico em Informática, Turma B, e do curso técnico em Agropecuária, Turma B. As peças são resultado do projeto Literartes, sob a coordenação geral de Helane Patrícia Ramires Mendes, vice-coordenação de Alex Sander Luiz Campos e Daiane Silva de Andrade, além de participação dos professores Santina Aparecida Ferreira Mendes e Jamerson Sérgio Passos Rezende.
Segundo a professora, Helane Patrícia, coordenadora geral do Literartes: “O projeto pretendeu aproximar e suscitar o interesse dos estudantes pela literatura clássica machadiana de forma lúdica e atrativa, por meio da linguagem teatral.” Ela explica que todas as turmas foram divididas em equipes e, em cada uma delas, foram distribuídas funções como atores, diretores, cenógrafos, sonoplastas, maquiados, figurinistas e roteiristas. Toda a produção das peças é desenvolvida pelos estudantes, desde o roteiro até a produção final. “Desse modo, ressalto que o protagonismo é dos estudantes. Nosso papel foi apenas mediar o desenvolvimento de todo o processo de criação”, afirma Helane Patrícia.
Ao final da tarde do segundo dia do evento, aconteceu o show com a estudante Andressa, do terceiro ano do curso técnico em Agropecuária, turma A.
À noite, objetivando ampliar o diálogo com a comunidade local, a programação cultural foi realizada na Praça Moisés Ladeia, Centro de Salinas, onde acontece semanalmente a feirinha local, em parceria com a Prefeitura Municipal de Salinas, por meio da Fundação de Cultura e da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente. Também foram parceiros importantes nessa ação, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Políticas Públicas.
Além da reapresentação da dança “Yemanjá e Oxossi”, pelos estudantes do IFNMG-Campus Arinos, a programação contou com a participação do grupo das danças “Maria, Mari” e “Baianá” e com a performance teatral “Gritaram-me Negra”, pela Associação Hope Of The Future, coordenadas pela professora, Clarice Barbosa dos Santos. Também aconteceram apresentações do grupo prioritário do SCFV - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo, do CRAS - Centro de Referência de Assistência Social do Município de Salinas.
Destaque para a participação do batuque das mulheres da Comunidade Quilombola Olaria Bagre, coordenado pela senhora Elza Aparecida Souza Barbosa, presidente da Associação Quilombola; para a apresentação da Folia de Reis da Comunidade Quilombola de Nova Matrona, coordenado pelo senhor Izauro Francisco, e para a dança “Maculelê”, pelo Grupo de Capoeira “Anastácia Berimbau de Ouro”, coordenado por Údson Alves dos Santos.
O músico salinense Andrezinho fechou a programação cultural da noite, que, além de atrair a atenção dos presentes, contribuiu para aquecer o comércio da feirinha local.
No dia 23/11, no contexto do projeto Literartes, foram encenadas as peças teatrais “Missa do galo”, “A causa secreta”, “O diplomático” e “Pai contra mãe”, apresentadas, respectivamente, pelos estudantes do segundo ano do curso técnico em Agroindústria, Turma B, curso técnico em Agropecuária, Turma A, curso técnico em Agroindústria, Turma A, e curso técnico em Informática, Turma A.
Aconteceu ainda, neste terceiro dia do IFintegra, a apresentação da coreografia “Tambores da resistência”, pelos alunos do IFNMG-Campus Arinos, e a participação da banda do estudante do curso de Medicina Veterinária Dezão Morais, na Feira Gastronômica.
O encerramento do IFintegra contou, mais uma vez, com a apresentação da dança “Yemanjá e Oxossi”, pelos estudantes do IFNMG-Campus Arinos.
Nas palavras da presidente da Comissão responsável pelas atividades culturais, professora Santina Mendes, “o IFintegra 2023, simbolizado pelo catavento, nos trouxe o vento da alegria, da beleza, da fruição, do entusiasmo e da emoção, através das apresentações culturais e artísticas desenvolvidas ao longo do evento. Foi uma rica e intensa troca de experiências artísticas e estéticas no contexto da semana da consciência negra, as quais possibilitaram a ampliação da nossa visão de mundo, bem como contribuíram para o exercício da reflexão e da sensibilidade acerca da condição humana e das opressões sofridas por parte da maioria da população negra brasileira. Contribuíram para um olhar crítico, humanizado, necessário para a construção de uma sociedade sem preconceitos, com igualdade racial, mais inclusiva e plural. A palavra que fica é gratidão a todos que contribuíram para o sucesso da programação cultural.”
Texto e fotos: Comissão cultural e artística do IFintegra
Redes Sociais