Visita Técnica (Programa Mulheres Mil)
Quando o casal indígena se enamora, um joga uma pedrinha e o outro para responder sim, devolve outra pedrinha ou uma flor...para oficializar a união e celebrar o casamento faz-se a comunicação e todos da aldeia começam a preparar o evento, conversas, ensinamentos e aconselhamentos sobre a nova vida a ser construída pelo casal.
Acontecem danças da comunidade e do casal, purificação dos corpos, testes de resistência física, pinturas de corpos...numa mensagem simbólica de que uma vida a dois exige força, doação, resistência e cuidado.
O noivo precisa carregar uma pedra que tenha o peso da sua futura esposa como forma de mostrar que quando ela estiver em situações difíceis ele terá força para suportar o peso e carregá- la até a segurança e proteção necessárias.
Perguntei o que a esposa precisa fazer para demonstrar que está apta ao casamento e a resposta foi maravilhosamente sábia:
Nada, ela já é a força geradora de vida, ela já tem a missão de manter a família unida.
Quanta sabedoria, quanto respeito e reconhecimento do papel da mulher na comunidade!
Voltamos para casa mais fortes e sabedoras da força da Mulher.
Agradecemos à Aldeia Pankararu Cinta Vermelha Jundiba pela recepção, acolhimento e saberes partilhados, nas pessoas de Cleonice, Ytxahá Pankararu, Gel Pataxó.
Créditos:
> Imagens Márcia Vieira de Jesus - discente Artesãs de Biojoias
> Texto: Marli Pinheiro de Aguilar - Coordenadora Adjunta - Mulheres Mil, Campus Araçuaí
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