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PREMIADOS NO SIC: Alunos do IFNMG analisaram viabilidade econômica da geração de energia a partir do biogás de manipueira, resíduo do processamento da mandioca

Publicado: Quinta, 03 de Junho de 2021, 07h31 | Última atualização em Quinta, 03 de Junho de 2021, 07h38

“Análise de viabilidade econômica da geração distribuída de energia a partir do biogás de manipueira”, de autoria de Denner dos Santos Oliveira e Gabriel Costa Gomes, alunos do curso de tecnologia em Processos Gerenciais, orientados pelo professor Luiz Célio Souza Rocha, do IFNMG-Campus Almenara, foi o trabalho premiado em primeiro lugar no IX Seminário de Iniciação Científica (SIC) do Instituto, na área de Ciências Sociais Aplicadas. O evento, realizado no mês de maio, premiou os três melhores trabalhos de cada uma das 12 áreas do conhecimento contempladas.

O estudo avaliou a viabilidade econômica de uma alternativa de geração de energia duplamente favorável em termos ambientais, já que aplica uma fonte energética renovável, a manipueira - que é o resíduo líquido da prensagem da mandioca -, além de reduzir os impactos ambientais pelo descarte inadequado desse resíduo. Trata-se, portanto, como destacam seus autores, de uma “usina de energia elétrica limpa e sustentável”.

Os pesquisadores levantaram orçamentos de projetos fornecidos por empresas especializadas na construção de usinas de biodigestores do tipo Lagoa Coberta ou Marinha, biogeradores a base de biogás, caracterizados como conjunto gerador economizador de eletricidade do tipo combustão interna (ciclo Otto), para atender distintas demandas de processamento de mandioca e, consequentemente, de vazão de efluentes.

Foram considerados dois cenários de produção: o primeiro, para 44 m³/dia de manipueira diluída; e o segundo, para 152 m³/dia. Para cada um, foram feitos os cálculos para dimensionamento das lagoas anaeróbicas, produção de biogás e potência. A partir dessas informações, os pesquisadores puderam estudar a viabilidade econômica de cada projeto, analisando as condições mais viáveis em termos de geração de biogás e energia elétrica, assim como retorno do investimento. Os fluxos de caixa dos cenários avaliados levaram em consideração um período de dez anos, que corresponde também ao tempo de depreciação dos principais equipamentos que compõem as usinas (biodigestores e biogeradores).

Conforme relatado no resumo do trabalho, apenas o segundo cenário estudado mostrou-se economicamente viável. Com investimento inicial de R$ 494.230,46, esse cenário de produção de energia permitiria lucro líquido anual de R$ 68.237,49.

Os resultados, no entanto, ensejam melhor entendimento, conforme destacado pelos autores. Seguindo orientações encontradas na literatura da área, eles afirmam que será preciso continuar a pesquisa para realizar análises de sensibilidade, que consiste em alterar algumas variáveis do estudo, como potencial de biogás, percentual de metano, tarifa de energia, os investimentos, dentre outras, avaliando os impactos das alterações nos indicadores econômicos. “Outros aspectos que podem ser agregados na nova agenda de pesquisa seriam avaliar as propriedades físico-químicas, aplicabilidade e comercialização do biofertilizante resultante da digestão anaeróbica, assim como fazer um levantamento de linhas de financiamento disponíveis no mercado para viabilizar economicamente projetos dessa natureza.”

Para mais informações, acesse o resumo “Análise de viabilidade econômica da geração distribuída de energia a partir do biogás de manipueira”.

 

(Foto de capa: Pixabay)

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