Dia 02 de abril – Dia Mundial de Conscientização do Autismo
A ONU (Organização das Nações Unidas) escolheu esta data para divulgar informações sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) à população, visando combater o desconhecimento e evitar a disseminação de preconceitos e discriminação das pessoas com autismo.
O Transtorno do Espectro do Autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento, que se caracteriza principalmente por dificuldades de comunicação e interação social, bem como por comportamentos estereotipados e repetitivos. O DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) nomeia o Autismo como “espectro” justamente por incluir uma gama de distúrbios que variam em intensidades diversas. É importante elucidar também que uma pessoa com autismo pode apresentar prejuízos que não a impedem de estudar e trabalhar – ou seja, necessitará de um suporte leve para o desenvolvimento de suas atividades. Se houver uma funcionalidade média, precisará de um nível de suporte especializado moderado e se apresentar prejuízos graves, necessitará de suporte severo e continuado por toda a vida.
Atualmente, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) uma a cada 160 pessoas tem Autismo e o transtorno acomete mais pessoas do sexo masculino (cerca de 80% dos casos diagnosticados) do que do sexo feminino, por motivos ainda desconhecidos. Nesse sentido, a cor escolhida para representar o Autismo é o azul.
Hoje, a principal informação acerca do TEA, preconizada pela Ciência é a importância da intervenção precoce. É possível detectar possíveis sinais do TEA em bebês a partir dos primeiros meses. Quanto mais cedo se inicia a intervenção, maiores as chances de diminuir as consequências das alterações no desenvolvimento.
Outro aspecto fundamental é compreender que pessoas com autismo apresentam enormes potencialidades, como todos os seres humanos. Dentre as potencialidades mais comuns destacam-se a capacidade acima da média em termos de memória, atenção à detalhes, capacidade de concentração e manutenção do foco. Várias empresas têm investido em contratar profissionais com autismo, apostando nessas habilidades.
O movimento pela conscientização acerca do Autismo traz uma importante oportunidade para a reflexão sobre a diversidade humana e como o respeito à diversidade pode nos tornar cada vez mais humanos e menos limitados.
Saiba mais!
Livros:
- O cérebro autista: pensando através do espectro - Temple Grandin e Richard Panek (A renomada cientista Temple Grandin, pessoa com autismo - e Richard Panek relatam peculiaridades sobre o cérebro e o modo de enxergar sua própria condição);
- O que me faz pular – Naoki Gashida (Um adolescente com autismo relata um pouco de sua história, na época com treze anos de idade);
- Outra sintonia: a história do autismo – Caren Zucher e John Donvan (Os autores empreendem uma viagem instigante pela história do autismo e das famílias em busca de tratamento e reconhecimento);
Filmes:
- O nome dela é Sabine (Documentário de 2007);
- Temple Grandin (2010);
- Meu nome é Khan (2010).
Autoria: Maria Cristina Silva dos Santos
Presidente do NAPNE do IFNMG – Campus Araçuaí.
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